Notícias

Papel Higiênico (PH) versus Higiene Genital Feminina

Paulo Cesar Giraldo

Prof. Titular de Ginecologia da Universidade Estadual de Campinas

Disponível nos sites: https://higienegenitalfeminina.com.br/index.php/2019/10/10/papel-higienico/
http://clubego.com.br/papel-higienico/

A HIGIENE GENITAL feminina é feita com a finalidade de remover excesso de secreções vaginais e vulvares, restos de urina e de fezes da área genital para promover o bem estar, reduzir odores, evitar irritações e prevenir infeções.

A melhor forma de realizar a higiene dos genitais é, sem dúvidas, com água corrente e sabão (produtos de limpeza com baixa detergência e pH levemente ácido), contudo, nem sempre isto é possível. Nestes casos a maioria das pessoas utiliza o “Papel Higiênico”.

A utilização do Papel Higiênico, apesar de ser uma prática universalizada nos países ocidentais, pode trazer consequências desagradáveis para o usuário e, por isto mesmo, deveria ser evitado sempre que possível.

Coloco abaixo, vários textos que encontrei na internet a respeito do PH (papel higiênico) na data de 09-10-2019, na mesma forma com que os autores. No final fiz considerações sobre o uso do PH quando usado para a higiene genital feminina nos dias atuais, por considera-lo inapropriado e causador de diversas queixas ginecológicas que levam a mulher a busca de ajuda médica e que, infelizmente, muitas vezes são interpretadas como infecções, sem que isto seja verdade.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DO “PAPEL HIGIÊNICO- PH” PARA HIGIENE GENITAL FEMININA

O “Papel higiênico”- na verdade, de higiênico não tem nada.

É importante ressaltar que o PH que é feito de celulose, passa por diversos processos químicos de desenvolvimento e purificação (água oxigenada para o branqueamento, entre outros) e eventualmente, pode conter “cola” para ter folhas duplas ou triplas.

A área genital feminina é constituída por muitas dobras de pele e contém pelos e muitas glândulas (sudoríparas e sebáceas). Fica em uma região de grande oclusão, com pouca ventilação e sob abrasão de roupas íntimas. Sabe-se que a higiene feita com água, retira apenas 70% da sujidade, sendo necessário a adição de um sabão para retirar o excesso de oleosidade. Por todos estes motivos, a limpeza genital com papel higiênico não seria adequada, pois, é necessário exercer muita pressão e atrito nos tecidos delicados da vulva para obter-se uma remoção apenas parcial de todos os detritos. Ao serem deixados restos de urina, fezes e secreções, as mulheres podem desencadear irritações, coceiras, fissuras e odores inapropriados nos genitais que, por sua vez, podem erroneamente, sugerir a presença de infecções, sem que isto seja verdade.

Os desconfortos genitais femininos podem, seguramente, serem minimizados pela higiene adequada. O uso de água corrente mais um produto sabão com baixa detergência é muito mais recomendável para os genitais que o uso do PH.

Características gerais do PAPEL HIGIÊNICO

O Papel Higiênico é feito a partir da madeira (Eucalipto), da qual são extraídas fibras de celulose, convertidas em papel após uma série de processos industriais.  A palha da cana também pode ser usada para fabricar papel higiênico e guardanapo.

Site consultado em 09-10-2019. Mundo Educação

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/composicao-quimica-papel.htm

Papel higiênico é um tipo de papel fino e absorvente que geralmente se desmancha em contato com a água.

A composição química do papel higiênico varia conforme a planta de onde foi obtida a celulose, seu principal constituinte. A celulose é um polímero (polissacarídeo) construído a partir de monômeros de β-D-Glucose (C6H12O6) que contém 5 grupos álcool (OH) e um grupo aldeído (COH) no carbono 1.

Substâncias que compõem o papel após sua fabricação:

1- lignina, celulose e hemiceluloses (grandes quantidades);

2- substâncias minerais, proteicas, ácidos graxos, ácidos resínicos (menores quantidades)

A lignina é uma macromolécula que confere maior resistência ao papel. O papel pardo (usado em sacos de pão) e o papelão apresentam grande quantidade de lignina e, por isto mesmo, são muito resistentes. A coloração mais escura identifica os papéis que contam com uma maior porcentagem de lignina (Ref: Líria Alves Souza-Graduada em Química).

Como sabemos, o papel higiênico é um tipo de papel suave e absorvente utilizado para a higiene pessoal. Seu uso mais comum é para a limpeza íntima após o indivíduo defecar ou urinar, mas também é utilizado para secar as mãos. Indispensável nos banheiros públicos e pessoais, existem vários tipos de papeis higiênicos, desde perfumados ou não perfumados a papeis higiênicos com folhas simples, duplas e até triplas.

Processo de fabricação do papel higiênico

Normalmente o papel higiênico é fabricado a partir do eucalipto, que é cortado e levado para indústria. Na indústria o eucalipto é descascado, cortado e picado em diversos pedaços. Depois de picado os pedaços são colocados para cozinhar, junto com algumas substâncias químicas para extrair a celulose.

A celulose passa por um processo de remoção de impurezas e é levada para uma máquina que a transformará em uma folha lisa e contínua. Essa folha também passa por uma máquina, que irá prensa-la para remover o excesso de água, compacta-la, alisa-la e enrola-la. Depois desses processos, o grande rolo de folha passa por máquinas que o cortam em pequenos pedaços. Posteriormente os pedaços são divididos, empacotados e enviados para serem comercializados.

Papel higiênico feito com papel reciclado.

Nesse caso, o papel reciclado é moído e misturado junto a água oxigenada. A água oxigenada vai fazer com que o papel se torne limpo e branco. Depois disso é retirada sua umidade, tornando-o uma pasta que pode ser misturada, ou não, com tiras de papel de eucalipto. Feito isso, as próximas etapas são iguais ao do papel feito com folha de eucalipto.

Papel higiênico colorido

O papel higiênico colorido passa por todos os processos citados, contudo, antes de ser enrolado, é adicionado um corante e um fixador.

Confira esse vídeo, em português de Portugal, onde o canal EconomicoTv nos mostra um pouco mais como são os processos de fabricação do papel higiênico:

Curiosidade: a origem do papel higiênico

A criação do papel higiênico é creditada ao americano Joseph Gayetty. O produto, inicialmente, foi comercializado em 1857, por Gayetty, como um produto médico anti-hemorroidas, no entanto, o papel tem sua origem no século VI, na China medieval.

Embora não se saiba ao certo quando o papel higiênico surgiu, sabe-se que antes de sua invenção a humanidade limpava a área genital com os mais diversos materiais. Os materiais utilizados para se limpar iam desde lascas de madeira, folhas de árvore, grama, pedras, espigas de milho, cascas de frutas e, até mesmo, as próprias mãos. Na Roma Antiga, por exemplo, utilizavam uma esponja pregada num pedaço de madeira.

Consulta internet dia 09-10-2919 no site:

https://www.mvcblog.com.br/2015/07/como-o-papel-higienico-e-feito/

A ciência de um rolo de papel higiênico

Gilherme Castellar

As pessoas só costumam valorizar de verdade o papel higiênico quando ele falta. E olha que ele faltou por muito tempo. Durante milhares de anos, a humanidade se virava como dava na hora da limpeza (confira abaixo). O primeiro registro da produção de papel para uso no toalete vem da China, em 1391, com grandes folhas feitas para o imperador. Mas quem é apontado como inventor do papel higiênico é o americano Joseph Gayetty. Em 1857, sua empresa passou a vender blocos de 500 folhas do “Papel Terapêutico”, que vinha misturado com aloe vera. O papel só foi enrolado em um tubo (chamado de tubete) em 1890, pela empresa americana Scott Paper Company. A idéia, que não foi muito bem aceita na época, hoje é item essencial nos banheiros do mundo. A evolução na tecnologia de produção do papel trouxe estampas, cores e maciez que tornam um pouco menos ardida uma obrigação da qual não podemos escapar.

Mistureba

A folha do papel é a mistura de até 4 tipos de fibras. É o equilíbrio entre elas que define a qualidade do papel. Quanto mais fibras curtas, melhor, pois elas garantem a maciez. Mas, as fibras longas também são vitais, pois garantem que o papel não se rasgue com facilidade. A técnica na fabricação das fibras também influi no resultado final.

Bálsamo do campo

Pasme, mas aqueles aromas florais na verdade vêm do tubete. O perfume é jorrado na parte interna do tubete, antes do papel ser enrolado. Como ele é volátil, as moléculas enchem o ar dentro da embalagem, impregnando o papel. Por falar em tubete, ele é feito com duas tiras de papel cartão coladas pelas laterais.

A união faz a força

A resistência do papel varia conforme suas fibras, quanto mais próximas, mais resistente o papel. Outro fator está ligado à composição química das fibras. Elas se unem por ligações de hidrogênio: quanto mais potencial de ligação tiver, mais resistente é o papel.

Lixas

Um sinal de má qualidade é o uso de papel reciclado para baratear o produto. Outro aviso são os pontinhos escuros e grossos: mostram que a pasta do papel foi prensada de modo errado, ficando concentrada em alguns pontos. Já a cor só tem objetivo estético. O fato de o papel ser rosa ou cinza não é indicador de qualidade.

Esforço mínimo

O picote na folha permite que qualquer criança destaque. Mas a resistência do papel varia: no sentido longitudinal que é enrolado, a resistência é maior. Isso evita que se parta quando puxado. No sentido transversal, a resistência é menor, facilitando o corte.

Coisa fofa

As estampas e os pequenos pontos em relevo não são apenas para decoração. Eles mantêm boa parte da superfície entre os papéis distante. É o ar nesse espaço que dá a sensação de fofura de um rolo de papel higiênico.

Veja como era feita a limpeza antes do papel higiênico

– Inglaterra na época dos vikings – Pedaços de lã de carneiro.

– Índia – A mão esquerda e água.

– Nobres franceses – Lenços.

– Europa medieval – Grama, palha.

– Havaí – Casca de coco.

– Lordes ingleses – Páginas de livros.

– EUA – Jornais, concha do mexilhão, areia, espigas de milho.

– Esquimós – Gelo e musgo da tundra.

Site acessado em 09-10-2019.

https://super.abril.com.br/comportamento/a-ciencia-de-um-rolo-de-papel-higienico/

Como é feito o papel?

Redação Mundo Estranho. Access_time4 jul 2018, 20h19 – Publicado em 18 abr 2011, 18h54.  Site consulta em 09-10-2019:

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-feito-o-papel/

O produto surgiu na China, no século 2

Ele é feito a partir da madeira, da qual são extraídas fibras de celulose, convertidas em papel após uma série de processos industriais. O que pouca gente sabe é que nem sempre foi desse jeito. O papel foi inventado na China no século II, mas durante mais de 1500 anos a matéria-prima mais comum para fazê-lo não era madeira, mas sim fibras de algodão extraídas de roupas velhas, panos e trapos.

Depois que as máquinas de impressão começaram a se desenvolver, a partir do século 15, o consumo de papel aumentou muito e o mundo percebeu que não havia roupa velha que chegasse para publicar livros, revistas, jornais… Alguns reis da Europa tentaram inclusive limitar o comércio de trapos, temendo ficar sem papel. Apesar de o francês René Antoine de Reaumour ter dado a idéia de usar fibras extraídas da madeira em 1719, foi só a partir de 1850 que diversos inventores, como o alemão Friedrich Keller, o inglês Hugh Burgess e o americano Benjamin Tilghman, tornaram isso viável.

Foi preciso aperfeiçoar um método de “digerir” a madeira com produtos químicos, de modo a extrair a celulose e obter um papel de qualidade aceitável. Entre os produtos químicos usados estão certos sulfitos (compostos de enxofre) – é daí que vem o nome, por exemplo, do papel “sulfite”. Hoje, com métodos avançados, é possível aproveitar até 98% da madeira de uma árvore numa fábrica de papel, usando a casca e outras partes antes descartadas como combustível para o próprio processo industrial. Na essência, porém, o método de fabricação ainda é o mesmo, desde sua invenção pelos chineses.

Da madeira à folha

Processo de fabricação começa com um “cozido” de lascas de árvores

1 – A principal matéria-prima para a produção de papel são toras de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um descascador e picador, de onde saem na forma de pequenos cavacos (lascas).

2 – Num tanque chamado digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos, como sulfitos. O resultado desse cozimento é chamado de polpa.

3 – A polpa passa por um processo de lavagem, em tanques e centrífugas, onde são extraídos os cavacos que não se dissolveram e outras impurezas. Depois, ela é deixada em repouso em outros tanques, numa etapa chamada de branqueamento, para separar a celulose de outros resíduos.

4 – Os restos não aproveitados de madeira são queimados em caldeiras e transformados em energia elétrica em turbo gerador a vapor. A energia gerada aqui alimenta o próprio processo de fabricação do papel.

5 – A polpa de celulose, ainda com alto teor de água, passa por uma máquina chamada mesa plana, que transforma essa massa úmida em uma grande folha contínua e lisa, pousada sobre uma esteira rolante de feltro.

6 – A grande folha, movida pela esteira rolante, passa por rolos de prensagem e secagem com ar quente, que retiram o excesso de água, compactam o papel e alisam a folha. Dependendo do tipo de produto que se quer, ela ainda passa pelo coater (revestidora), um rolo que aplica uma película que protege ou dá brilho ao papel – como no caso do cuchê, por exemplo.

7 – Finalmente, a folha passa por um aparelho chamado enroladeira e por rolos de rebobinagem, onde o papel se descola da esteira rolante e forma enormes rolos – ou bobinas -, estando pronto para o corte e o empacotamento. 

Desenvolvimento tecnológico dos produtos de higiene genital.

Nos dias atuais as mulheres são muito demandadas social e economicamente, tendo que ficar longe de casa por muitas horas durante o dia, fato que compromete a higienização da região genital. Como dissemos anteriormente, a disposição anatômica da vulva facilita o acúmulo de células mortas, bactérias e secreções decorrentes do produto vaginal e da transpiração vulvoperineal. Esta condição de umidade e de falta de aeração local se agrava em determinadas situações como: obesidade, atividade física intensa, período Peri menstrual, uso de roupas inadequadas, etc. Portanto, parece lógico a necessidade da higienização genitais uma a duas vezes ao dia e, principalmente, após a micção e após a evacuação.

Sabe-se que a higiene da cavidade bucal pode prevenir infecções e reduzir halitose desde que seja feita de forma regular e adequada. Da mesma forma, a higiene genital pode desempenhar papel semelhante, reduzindo muitos desconfortos.

A indústria farmacêutica e de cosméticos tem se preocupado com este tema da higienização genital e vem desenvolvendo novos produtos para que possam satisfazer as mulheres, sem expô-las a irritações e efeitos colaterais. Desta forma lançaram no mercado, já há algum tempo, os lenços umedecidos. Estes lenços por serem pré umedecidos com substâncias não irritantes (sem álcool ou perfumes) não causam grandes atritos com a pele e mucosa vulvovaginal, apresentam maior resistência à distensão e removem a sujidade com melhor eficiência.

Por todas estas características, apresentam-se como uma boa alternativa para a realização da higiene genital feminina, quando o uso da água corrente for inviável.

Recentemente estão sendo lançados nos mercados, os lenços umedecidos em formato de COMPRIMIDOS.

Esta informação parecer ser muito interessante porque possibilita à mulher, fazer a sua higienização sem ter que usar o Papel Higiênico tradicional.

Os COMPRIMIDOS de lenços higiênicos vêm compactados de tal forma que podem ser carregados em “tubetes” de 10 a 12 cm de comprimento por 1 cm de diâmetro e que contém até 14 lenços descartáveis individualizados.

 

Considerações finais

  • Recomendamos o uso da água corrente com sabão de baixa detergência e acidez leve para a higienização da vulva, raiz da coxa e região perianal.
  • O uso do Papel Higiênico deve ficar restrito a ocasiões quando não há outra possibilidade.
  • Recomenda-se o uso de lenços umedecidos para a higiene genital quando não há acesso fácil a sanitários de boa qualidade que disponham de água corrente.